Fim da taxa das blusinhas pode prejudicar varejistas brasileiros
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A "taxa das blusinhas" pode estar com os dias contados. O governo estuda derrubar a medida como gesto diplomático para acalmar a China — principal atingida pela taxação — em meio à escalada comercial com os EUA.
Mas o gesto pode custar caro. Desde que entrou em vigor, em agosto de 2024, a taxa ajudou a impulsionar um dos melhores momentos do varejo nacional em anos.
A regra impôs impostos sobre compras internacionais de até US$ 50, que antes eram isentas. O objetivo era equilibrar o jogo entre as varejistas brasileiras e plataformas asiáticas, como Shein e Shopee.
Com a taxa, o closet mudou — e o mercado também
Os preços da Shein, que eram 40% mais baixos do que os das rivais locais, agora estão apenas 10% abaixo. As vendas caíram de 18,6 milhões para 12,7 milhões de itens por mês, e a receita das plataformas também desabou — R$ 1,29 bilhão em junho, queda de 18% em relação ao ano anterior.
Enquanto isso, as marcas brasileiras brilharam:
- A Renner lucrou R$ 221 milhões no 1º tri (+58,7%);
- A C&A viu suas ações saltarem 143,5% no ano;
- A Guararapes, dona da Riachuelo, cresceu 10,6% em receita e 42% em valor de mercado.
Zoom out: A expectativa do mercado é que o segundo trimestre também apresente números positivos, enquanto Shein e Shopee correm para nacionalizar parte das operações e evitar novos prejuízos.
Fonte: The News
