Ela ouviu mais de 100 nãos e construiu uma empresa avaliada em US$ 25 bi — o Canva

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Em 2007, aos 19 anos, a australiana Melanie Perkins dava aulas de design gráfico na universidade e percebia sempre a mesma dificuldade: os softwares eram caros, difíceis de usar e inacessíveis para a maioria das pessoas.
Foi ali que surgiu a ideia de criar uma plataforma simples, intuitiva e gratuita para quem quisesse fazer bons designs, sem precisar de experiência técnica.
Na época, Melanie lançou uma versão inicial focada em anuários escolares, chamada Fusion Books. Era o primeiro passo para o que, anos depois, se tornaria o Canva.
Hoje, o Canva é avaliado em US$ 25 bilhões, com 165 milhões de usuários no mundo todo.
De projeto universitário a aplicativo global
Com o namorado e cofundador Cliff Obrecht, Melanie passou anos tentando tirar o Canva do papel. Foram mais de 100 reuniões com investidores do Vale do Silício e mais de 100 recusas.
Mesmo sem capital externo no início, ela manteve o plano vivo:
usou o lucro do Fusion Books para financiar as operações, seguiu validando o modelo e montou uma equipe enxuta e eficiente.
A virada veio quando conseguiram o apoio do ex-Google Cameron Adams, que se juntou como cofundador e ajudou a atrair os primeiros investidores. Em 2013, o Canva foi oficialmente lançado.
Um modelo de negócios pensado para escalar
Desde o início, Melanie apostou no modelo freemium: qualquer pessoa pode usar o Canva gratuitamente, com recursos limitados.A monetização vem de planos pagos voltados a empresas, escolas, equipes e criadores.
Esse modelo permitiu crescer rápido, sem barreiras de entrada, mas com base financeira sólida. Ao invés de buscar crescimento a qualquer custo, ela priorizou o reinvestimento em tecnologia, equipe e novos recursos.
O que essa história ensina para quem empreende?
Melanie não começou com dinheiro, e sim, com visão. Validou antes de escalar, e só buscou investimento quando fazia sentido.
Mais do que uma empreendedora de sucesso, ela mostra que pensar grande exige base sólida: saber quando crescer, como reinvestir e por que manter o controle do próprio negócio.
Para quem empreende ou quer empreender, essa mentalidade é tão importante quanto qualquer plano de negócios.
Fonte: Exame