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Até o momento, não há previsão de participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na 48ª edição da Expointer, a maior feira do setor na América Latina, que começou no último sábado (30) e vai até o dia 7 em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre. Mas o seu colega do Turismo, Celso Sabino, deve protagonizar um dos momentos mais esperados do evento

Amanhã, Sabino assina, em cerimônia na Expointer, a portaria que regulamenta o turismo como segunda atividade econômica em propriedades rurais. As novas regras, baseadas na Lei Geral do Turismo (14.978/2024), beneficiam especialmente os produtores agropecuários do Rio Grande do Sul, estado que tem buscado ampliar a oferta de roteiros turísticos rurais e foi escolhido como piloto para a implantação do programa.

Ao se inscreverem no Cadastur, o sistema nacional de cadastro de prestadores de serviços turísticos do Ministério do Turismo, os agricultores poderão oferecer hospedagem, alimentação típica e experiências imersivas para os visitantes de seus sítios e fazendas, valorizando as tradições locais e mostrando na prática, para quem não conhece, como é a vida no campo. Além de complementar a renda dos anfitriões, os passeios servirão como vitrines para os seus produtos.

"Imagine que um produtor tenha uma geleia, um embutido, um queijo ou um salame buscando um espaço de comercialização em uma rede supermercadista. No mercado, esse produto competiria com grandes indústrias que diminuem as suas chances de comercialização. Mas, quando o turista chega na propriedade, não compra tão somente o produto. Compra a história, a experiência, que agrega até 15 vezes o valor desse produto. Na propriedade rural, aquele que visita pode ter a oportunidade de fazer a colheita de uma uva ou de uma bergamota, de tratar os bichos da propriedade, e sair dali com essa experiência única, inesquecível, porque ele talvez tenha vindo de um grande centro urbano em que isso sejem que isso seja inimaginável."

-Ronaldo Santini, secretário de Turismo do Rio Grande do Sul.

Segundo Santini, a secretaria e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizam Rural) já vêm oferecendo informações e treinamentos para os produtores que desejam receber turistas. Até o momento, essa atividade é informal, o que dificulta medir o seu impacto e potencial econômico. Com a regulamentação, existe a expectativa de entender quanto efetivamente essa cadeia movimenta para orientar novas iniciativas de investimento do governo.

 

Roteiros gaúchos

O Rio Grande do Sul já conta com muitos roteiros turísticos e culturais tradicionalistas, que consomem produtos agropecuários, da carne ao vinho. Daqui em diante, a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem) pretende intensificar o trabalho com outras entidades do setor para estudar os atrativos regionais e montar mais roteiros.

"Hoje, temos tudo separado, mas precisamos envelopar e colocar em um produto para ser comercializado. Por exemplo, quando existe um determinado lugar turístico, temos que fazer o visitante chegar lá, encontrar o que fazer lá, alguém para receber, a hospedagem. Precisamos juntar e fazer de tudo isso um pacote. A relação com os agricultores hoje é zero, tem que mostrar para ele como criar um produto turístico na propriedade. Quanto mais bem elaborados forem esses produtos, e mais nós, as agências de viagens e operadoras, tivermos na prateleira para mostrar para os nossos clientes, mais poderemos divulgar. Em um primeiro momento, aqui no Rio Grande do Sul mesmo, e aí vamos expandindo para outros estados. Dessa forma, quem sabe um dia, assim como a gente vai a Buenos Aires para ver um show de tango e vai a Lisboa para ver um show de fado, as pessoas venham conhecer o Rio Grande do Sul e fazer esses passeios de forma que possamos mostrar o nosso amor à nossa cultura. Não tem povo dentro do Brasil que ame tanto a sua terra e as suas tradições como o nosso."

-João Augusto Machado, presidente da seção gaúcha da Abav.

Representantes das agências de viagens e empreendedores do setor no estado ganharam, neste ano, um espaço exclusivo de 200 metros quadrados na Expointer, o estande Turismo Tchê Espera, para apresentar os seus atrativos e instalações. Lá, estão falando tanto dos roteiros consagrados — por exemplo, o do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, o do Caminho das Pipas, em Rolante, e o de Lomba Grande, em Novo Hamburgo — como das novas apostas, que incluem o do Armazém das Agroindústrias Familiares, no Vale do Taquari, o de Morro Azul, em Três Cachoeiras, e o dos Lavandários, em Morro Reuter, também conhecido como Rota da Lavanda.

Este último foi criado em 2025 pelos agricultores que cultivam a lavanda e agregaram, à sua associação, um grupo de comerciantes da cidade, que fica na Serra Gaúcha, 70 quilômetros ao norte da capital. Além da Festa Nacional da Lavanda, que acontece em outubro, o grupo quer atrair turistas durante o restante do ano.

"O turista pode passar um dia inteiro na cidade, visitando os lavandários, conhecendo tudo sobre a planta, como colhe, como extrai o óleo, e ainda fazer uma degustação de alimentos. Trabalhamos também na gastronomia: no comércio, tem bombom de chocolate com lavanda, cerveja. É uma cadeia que movimenta toda a cidade."

-Andréa Schneider Enzveiler, representante da Associação da Rota da Lavanda.

 

Fonte: Uol

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