Hospital de Novo Hamburgo fecha UTI após detectar superbactéria e transfere pacientes

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O Hospital Municipal de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, suspendeu temporariamente o funcionamento de sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após identificar a presença da bactéria Acinetobacter baumannii. Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais perigosas do planeta, ela é resistente a diversos antimicrobianos e pode causar infecções graves em pacientes vulneráveis.
Segundo a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), responsável pela administração do hospital, todos os pacientes internados na UTI foram transferidos para outros setores que oferecem suporte equivalente, onde continuam recebendo atendimento especializado.
A detecção do microrganismo acionou imediatamente órgãos de vigilância sanitária municipais e estaduais. A FSNH esclarece que a bactéria não se transmite pelo ar, reduzindo o risco para pacientes de outras áreas do hospital.
De acordo com a direção, a decisão de fechar temporariamente a UTI busca prevenir novos casos, já que o Acinetobacter baumannii consegue sobreviver por longos períodos em superfícies e equipamentos hospitalares. "A medida visa proteger pacientes e profissionais, restabelecendo a segurança do ambiente assistencial", destacou a instituição em nota.
Nota da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH)
"A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH) esclarece que tomou as devidas providências tão logo identificou a bactéria Acinetobacter na área da UTI Adulto do Hospital Municipal, informando oficialmente os órgãos competentes de fiscalização sanitária, tanto do município quanto do Estado, garantindo a transparência e a adoção das medidas regulatórias necessárias. A partir do monitoramento conjunto realizado pela Direção Técnica, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e demais setores envolvidos, foram adotadas ações de contenção imediata. Os pacientes foram realocados em outras unidades que comportam suas necessidades de tratamento intensivo e estão recebendo todos os tratamentos disponíveis e assistências. Cabe ressaltar que a bactéria não é transmitida pelo ar e, portanto, não expõe os demais pacientes em outros ambientes."
Fonte: Terra